terça-feira, 20 de março de 2012

Retrospectiva: 2003

Em 2003 já se sabia que as promessas de Drexler não se realizariam. Os pesquisadores mais novos já diziam que essa idéias de ficção científica seriam improváveis, pelo menos dentro de algumas décadas.

No entanto, alguns ideais diversos tomaram forma nesse prazo. No que se diz nanomedicina, destacam-se as áreas de diagnóstico e a terapêutica, e esperava-se conciliar as duas. Os precursores desses remédios inteligentes já se desenvolviam no Brasil, na forma de polímeros que evitavam o excesso de princípios ativos até que este chegasse ao seu destino, dentro do organismo humano.
Nisso, uma estrutura similar estava ajudando a aumentar a eficácia de uma vacina de DNA contra a turberculose, e a experiência estaria dando tão certo que um dos responsáveis por ela resolveu abrir uma empresa, com uma plataforma adequada para o desenvolvimento dessas estruturas, a Nanocore. (Saiba mais em: http://www.nanocore.com.br/site/).
A estimativa da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos é que a nanotecnologia gerasse, nos dez anos seguintes, um mercado de US$ 31 bilhões na área de saúde.

(Foto: nanotecnologia no combate ao câncer)


Entre os mirabolantes planos do moderno 2003, estavam os ímãs contra o câncer, que com apenas 5 nanômetros seriam capazes de detectar e eliminar um tumor de 1 milímetro de diâmetro e que, de quebra, ainda atacariam vírus, inclusive o da Aids, bastando acoplar anticorpos que se ligassem a esses vírus e limpando o sangue em seguida. No mesmo patamar, havia também a "microlança" que atingiria as superbactérias, devido a uma estrutura que se montaria sozinha no interior da célula e causaria danos às membranas com carga elétrica negativa, como as das bactérias - até mesmo as resistentes aos antibióticos.

Fonte: artigo "A revolução invisível" da revista Superinteressante, 2003.

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