segunda-feira, 26 de março de 2012

Tecnologia brasileira pode acabar com segunda maior causa de morte em transplantes de coração


Baseando-se na história Ilíada, onde os gregos penetraram as muralhas de tróia dentro de um cavalo de madeira, cientistas brasileiros usam da mesma estratégia para reverter um dos maiores problemas do transplante de coração, a doença coronária do transplante.
A tecnologia brasileira promete reverter o quadro dos pacientes, diminuindo significativamente o nível de rejeição do novo coração e, quem sabe, de vários outros tipos de transplantes.
A doença coronária, que é obstrução dos vasos sanguíneos, é a segunda maior causa de morte entre os pacientes que fizeram um transplante, perdendo apenas para a rejeição aguda. Para reverter esse quadro, Neodir Stolf , diretor do Instituto do Coração da USP utilizou de uma nanotecnologia criada pelo seu colega de pesquisa Raul Maranhão.



A ideia de criar o nano-cavalo de Troia surgiu porque as células do câncer atraíam grandes quantidades de partículas de LDL para si. Anos depois, Maranhão descobriu que não apenas as células de câncer, mas qualquer tipo de processo inflamatório atraía essas moléculas. Ele apelidou sua nanopartícula de LDE, pelo fato dela possuir uma proteína que a difere do LDL, a apoE (proteína do colesterol bom).
A partir de um modelo de transplante cardíaco em coelhos de laboratório, os pesquisadores da USP conseguiram provar que o nano-cavalo de Troia consegue reduzir em 50% a gravidade desse tipo de doença coronária.
Como o LDE estava carregado com o fármaco anti-inflamatório, foi possível perceber uma melhora significativa no quadro dos coelhos. “Agora temos uma arma que não existia para tratar um dos principais problemas de transplante do coração”, disse Raul. “A única alternativa seria um segundo transplante, que é completamente inviável”, completou.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/%E2%80%9Cnano%E2%80%9D-cavalo-de-troia-e-a-mais-nova-arma-para-a-conquista-do-transplante-perfeito

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