terça-feira, 20 de março de 2012

Retrospectiva: 1997

Em 1959, o prêmio nobel de física Richard Feynman (1918 - 1988) já havia afirmado que era possível manipular átomos. Na década de 1990, Kim Eric Drexler, engenheiro formado no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), já pensava mais além: ele acreditava que seria possível produzir objetos a partir das moléculas. Segundo ele, o trabalho seria feito por máquinas minúsculas: pequenos robôs batizados de "montadores".

(Foto: Eric Drexler)
O primeiro instrumento feito para manipular átomos foi o microscópio de varredura por tunelamento, o STM (Scanning Tunneling Microscope). Sua primeira versão surgiu em 1982, no IBM de Zurique, e rendeu aos físicos Heinrich Rohrer e Gerd Binning o nobel de 1986. Em 1996 foi criada uma nova versão, o SIAM (Scanning Interferometric Apertureless Microscope), também pela IBM, cuja técnica remetia à holografia, e a análise dos raios luminosos permitia a "reconstrução" da imagem dos elétrons desgarrados.
(Foto: microscópio de varredura por tunelamento)

Segundo Drexler, em 2010 já haveria recursos para erradicar a fome, curar doenças, resolver o problema da probreza no mundo e retardar o envelhecimento. Ainda segundo o pesquisador, um tumor canceroso poderia ser identificado e erradicado logo no início, a anemia falciforme poderia ser curada, construiria-se uma "máquina de carne" (que reorganizaria as moléculas de modo que formasse suculentos bifes à disposição) e, ainda!, não haveria poluição, pois o lixo industrial abandonado seria reciclado.

Fonte: artigo "Quanto menor, melhor" da revista Superinteressante, 1997.

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