segunda-feira, 15 de abril de 2013

[Europa] União Europeia deve investir pesado em Nanotecnologia esse ano


A União Europeia deve investir o equivalente a 1,2 bilhão de euros em pesquisas de nanotecnologia, investimento esse que já vem dando origem a produtos. De acordo com empresas relacionadas ao tema esses produtos movimentarão cerca de $ 3,1 trilhões em todo o mundo em 2015.
Um exemplo de pesquisa que está sendo desenvolvida é o projeto Membaq, que é baseado no desenvolvimento de membranas que filtram a água reproduzindo a estrutura de aquaparinas, proteínas encontradas nas células de seres vivos e que conduzem moléculas de água. Segundo pesquisadores do projeto serão desenvolvidos filtros naturais que, teoricamente, terão tecnologia 10 vezes mais eficientes do que os já existentes. A água ultrapura criada a partir da aplicação da tecnologia pode ser usada em setores como a indústria farmacêutica, semicondutores e geração de energia.

Algumas pesquisas sobre a segurança da nanotecnologia também são financiadas pela União Europeia, uma vez que estudos realizados por pesquisadores do projeto Nanommun mostraram que a inalação de nano tubos de carbono pode ocasionar pneumonia e fibrose no pulmão de animais. Os nano tubos de carbono são mais leves e mais fortes que o aço, e podem ser usados em áreas como a eletrônica e a óptica, além de produtos de consumo, como bicicletas e raquetes.

Segundo coordenadores do projeto as propriedades que tornam os nano materiais promissores podem torná-los mais perigosos. A pesquisa chegou a conclusão de que nos níveis permitidos hoje para a exposição do grafite os trabalhadores correm risco de doenças pulmonares já que por sua composição os nano tubos são grafite.

Outra pesquisa europeia que está próxima de se transformar em produto desenvolveu tecnologias de revestimento para evitar que algas e crustáceos se prendam à superfície dos navios. “Um navio com muita sujeira pode consumir 40% a mais de combustível”, apontou James Callow, professor da Universidade de Birmingham. Uma tecnologia de revestimento torna a superfície áspera numa escala nano métrica. A olho nu, não existe diferença, mas os organismos vivos têm mais dificuldade de se prederem ao casco do navio. Essa solução usa nano tubos de carbono para deixar mais áspera a superfície revestida e o melhor é que os custos não serão muito diferentes dos atuais.


Fonte: http://blogs.estadao.com.br/renato-cruz/nanotecnologia-na-europa/

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