Em 2005 se reacendia a fé na nanotecnologia. Ainda que muitos desconheçam, nesse ano já se produzia lâminas de vidro a partir de gotas de silício e se podia transformar átomos de carbono em nanotubos de transistores. Com um minúsculo chip de silício, cientistas acreditavam conseguir criar, num prazo de dez anos, um nano-neurotransistor, que captaria os sinais de uma célula nervosa e os interpretaria como sinais elétricos, podendo reproduzi-los em um neurônio sem comprometer o desempenho das células vizinhas. Esperava-se que em 2015 já haveriam os primeiros nanoprodutos comercialmente viáveis, e que a nanotecnologia resolveria grande parte dos problemas que afligem a humanidade, como explicita o trecho a seguir:
"Em
2020, a indústria vai fabricar materiais 100 vezes mais resistentes que o aço,
carros que não arranham, espelhos antiofuscantes, aviões mais leves, roupas que
regulam a temperatura do corpo, jornais eletrônicos de plástico semelhante ao
papel, tintas que mudam de cor, aquecedores solares baratos, bolas de basquete
que não perdem a elasticidade. O casco dos navios será repelente à água - com
menos atrito, eles gastarão menos combustível. Todos os materiais que você
descarta, inclusive os não-recicláveis, poderão virar outros objetos. O futuro
respeitará, como nunca, a máxima de Lavoisier: 'Tudo se transforma'."
(Foto: nanotransistor)
Fonte: artigo "A revolução invisível" da revista Superinteressante, 2005.
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